sexta-feira, 24 de março de 2023

AOS 95 ANOS, EX-VEREADOR DE CAMOCIM É PRESO POR MORTE DE PERUANA; ENTENDA O CASO

Legenda: Benedito Soares Pereira, de 95 anos, teria encomendado o crime

A Justiça do Ceará determinou a prisão do ex-vereador de Camocim, Benedito Soares Pereira, condenado pela morte da peruana Patricia Maria Falconi de Venini. O mandado de prisão foi expedido nessa quinta-feira (23), após mais de cinco anos da sentença e cumprido nesta sexta-feira (24).

O crime aconteceu no dia 19 de junho de 2007, em Fortaleza, e hoje o homem tem 95 anos de idade. A defesa de Benedito, representada pelo advogado Paulo Quezado, adianta que com base no estado de saúde e idade avançada do condenado, irá pedir pelo cumprimento de prisão domiciliar.

Andrea Venini, filha da vítima, diz "esperar que a Justiça seja firme". "São mais de 15 anos de luta após a morte da minha mãe. Se a Justiça tivesse sido feita há anos atrás, penso que ele já teria cumprido a prisão. Agora, aqui na 3ª Vara foi emitido o mandado de prisão. A população precisa reconhecer e saber que o Benedito mandou matar minha mãe", diz.

A reportagem do Diário do Nordeste apurou que Benedito foi apresentado na Delegacia Regional de Camocim.

O PROCESSO

Em 4 de outubro de 2017, Benedito Soares foi julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e condenado a 14 anos de prisão. A defesa do réu entrou com recurso e ele não foi para o cárcere.

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) apontou que o marido da vítima, comerciante de produtos artesanais, já havia movido quatro processos contra Benedito, e ganhou uma das causas, no valor de R$ 50 mil.

O ganho teria desagradado o ex-vereador e feito com que o réu contratasse uma pessoa se passando por cliente, marcado local e horário do encontro.

Ao chegar no local, junto com a esposa, um homem não identificado se aproximou do veículo e efetuou dois disparos, que acabaram atingindo Patricia Falconi. O réu negou a autoria do crime, alegando que não tinha motivos para determinar a morte da vítima.

SINHÁ SABOIA/ DN

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