quarta-feira, 21 de setembro de 2016

SEJUS DESTINA PRESÍDIO PARA DETENTOSGBT, IDOSOS E DEFICIENTES NO CEARÁ

Atualmente, 168 detentos ocupam o Unidade Irmã Imelda Lima Pontes.
Unidade oferta cursos profissionalizantes, aulas e atividades aos presos.


Presos participaram de curso de cabeleireiro dentro da prisão (Foto: Foto: Divulgação Sejus/ Max Marduque)

presídio voltado a presos GBT e de baixo grau ofensivo, implantado em julho pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus), está operando com 168 detentos. A Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza, tem capacidade para 200 pessoas e abriga internos gays, bissexuais, travestis, deficientes físicos, idosos e aqueles que respondem à Lei Maria da Penha.

G1 visitou as instalações da unidade prisional nesta terça-feira (20). No presídio são ofertados cursos profissionalizantes de cabeleireiro e costura, além de atividades culturais, como aulas de violão, cinema e grafite.
Os presos também têm a oportunidade de trabalhar de forma remunerada dentro do presídio, na fabricação de materiais esportivos. Conforme a diretora do presídio, Lidia Amaral Canuto, a fábrica produz, em média, 1.200 peças por semana. A remuneração é depositada na conta de um parente escolhido pelo próprio detento.
Além da profissão, os presos têm a oportunidade de serem alfabetizados. São ofertadas aulas do ensino fundamental e médio, inclusive com preparação para o Enem.
A organização da unidade Irmã Imelda diz que pretende proporcionar ocupação para todos os internos, nos dois turnos. O objetivo é estimular a reflexão sobre a realidade e o crime pelo qual responde.
Presos são remunerados por trabalhos na prisão (Foto: Foto: Divulgação Sejus/ Max Marduque)
O titular da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Hélio Leitão, a implementação da nova unidade tem o papel de humanizar o sistema prisional do Ceará. Conforme o secretário, este é um presídio modelo, que demostra a responsabilidade com a dignidade dos presos.
De acordo com a Sejus, dos 168 internos na Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, 73% são idosos ou respondem pela Lei Maria da Penha. Outros 14 são detentos GBT e o restante são debilitados, que necessitam de atendimento especial.
Atualmente, conforme números da pasta, o Ceará tem cerca de 19 mil presos. Destes, cerca de 1% são da população GBT e 2% são idosos ou possuem algum tipo de deficiência física.
G1 CEARÁ



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