A família de Mariana Thomaz não sabia do relacionamento dela com o suspeito. O empresário, inclusive, já tem outras três acusações pela Lei Maria da Penha.
Gustavo Thomaz de Oliveira lamentou a morte da irmã, Mariana Thomaz de Oliveira, durante o velório dela neste domingo (13), em Lavras da Mangabeira, interior do Ceará. O corpo da jovem de 25 anos foi encontrado neste sábado (12) com marcas de estrangulamento em um apartamento de João Pessoa, capital da Paraíba.
“Só quero justiça, e mesmo a justiça não vai trazer a vida da minha irmã de volta. Minha irmã era meu tesouro, da minha família. Era a alegria da minha casa, e agora essa alegria, por mais que Deus dê a conformação, ela não vai ser reposta”, declarou Gustavo.
Mariana morava há três anos na capital paraibana e estava na metade da graduação em medicina. Mariana era a caçula do casal de irmãos, segundo Gustavo.
O irmão da vítima relatou ainda que a família não sabia do relacionamento dela com o principal suspeito do crime, um empresário que namorava há um mês, segundo a Polícia Civil da Paraíba. O homem inclusive já possui três acusações pela Lei Maria da Penha contra três vítimas diferentes.
“Nós não sabíamos que ela tinha esse relacionamento. Os colegas dela falaram que eles estavam apenas se conhecendo. Talvez dois ou três encontros, mas nada oficial, nada que chegasse ao nosso conhecimento”, disse Gustavo.
O irmão de Mariana comentou ainda sobre a ficha criminal do suspeito. “Sinceramente, eu fiquei com medo quando eu vi a ficha dele, inclusive com histórico de agressão domiciliar e ocorrências de outras naturezas”, relatou.
O corpo dela foi encontrado após a polícia receber uma ligação do suspeito informando que Mariana estava tendo convulsões. Chegando no local, o perito observou sinais de esganadura. Por causa disso, o suspeito foi preso preventivamente. Após exames, a perícia confirmou a esganadura.
Sabrina Severo, amiga de Mariana, compareceu ao velório da jovem e comentou sobre o impacto no município. "Lavras está inteira de luto por Mariana, por ser uma pessoa de coração gigante, humilde. Mariana tinha sonhos como todos os jovens têm", disse Sabrina.
Ela inclusive reforçou o pedido por justiça contra o responsável pelo crime. "Sempre vamos lembrar de Mariana Serena, com um sorriso doce e é isso que a gente vai guardar na lembrança. Mas a gente quer justiça. Lavras não vai se calar", complementou a amiga da vítima.
O sentimento é reverberado pelo irmão de Mariana. "A gente está cansado de ver por aí pessoas que cometem crimes, especialmente feminicídios, inclusive com exemplos nacionais. Esse foi mais um. Eu me senti na obrigação de falar para que outras pessoas não sofram o que estou sofrendo, o que meus pais estão sofrendo", disse Gustavo.
"Infelizmente tiraram a vida dela de forma cruel. Eu queria deixar de alerta para pais, filhos, que nunca confiem nas pessoas. A gente não sabe quem está pelo mundo afora", complementa o irmão.
BLOG SINHÁ SABOIA/ G1
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