Eles se revezam como batedores, soldados e motoristas. O "exército", que inclui agentes públicos e ex-servidores, chega a 400 recrutados
Rio de Janeiro – Alianças para dominar territórios formam a principal estratégia do maior narcomiliciano do Rio de Janeiro, Wellington da Silva Braga, o Ecko, de 34 anos, que tem uma tropa pessoal de 100 seguranças fortemente armados. Eles se revezam como batedores, soldados e motoristas, em um grupo que inclui agentes públicos e ex-servidores.
Para ganhar força no submundo do crime, Ecko pediu a aliados para realizar um “plebiscito” entre presos da Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio.
A unidade que abriga milicianos e ex-PMs promoveu a votação em janeiro e, por maioria, Ecko ganhou apoio para se firmar como chefão da narcomilícia, união de milicianos e traficantes. Ele domina 20 bairros da capital e seis municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde.
“Sem dúvida, o Ecko é o maior criminoso nesse ramo dentro do estado do Rio. Estimamos que cerca de 400 homens trabalhem na segurança da milícia. Na segurança pessoal do Ecko, estimamos 100 homens, que se revezam entre batedores, soldados e motoristas”, afirmou o delegado-titular da Delegacia de Repressão Organizados e Inquéritos Especiais (Draco), Willian Pena Junior, uma das principais unidades de combate às milícias da força-tarefa da Secretaria de Polícia Civil do Rio.
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