O Ministério Público do Ceará pediu o arquivamento do inquérito que apura a morte de Luís Félix Duarte da Cunha. Ele foi morto durante uma ação policial no momento em que estaria tendo um surto, quebrando estátuas com um martelo. O caso foi registrado em 31 de dezembro de 2019, bairro Cohab I, em Sobral.
Félix levou um tiro e morreu momentos depois. Ele foi socorrido pelos próprios militares que estavam na ocorrência, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com as informações, o rapaz sofria de deficiência mental e estava descontrolado.
Entenda
Na ocasião, os moradores acionaram uma viatura da Polícia Militar que passava pela praça. Segundo testemunhas, Félix partiu com o martelo em direção aos agentes de segurança quando foi abordado. Um dos profissionais atirou contra o rapaz, que foi ferido e morreu após ser socorrido.
A defensoria pública, por meio do defensor Igor Barreto, ressaltou que o arquivamento realizado a pedido do Ministério Público do Ceará não mencionava a prova pericial e um testemunho ocular contrários ao depoimento dos policiais.
Legitima defesa
Conforme a decisão do juiz, com base no testemunho dos pms, um dos policiais teria se desequilibrado ao tentar desviar de Félix e caiu no chão. O rapaz armado com o martelo e em surto teria ido em direção ao soldado. Nesta situação, no chão, o soldado teria sacado a arma e realizado o disparo.
Os militares socorreram o indivíduo e o levaram ao hospital Santa Casa de Sobral, onde ele foi atendido, mas não resistiu. O Ministério Público requereu o arquivamento por entender que os policiais agiram em legitima defesa, que é causa de excludente em ilicitude.
BLOG SINHÁ SABOIA/ O POVO
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