As vítimas estudam em um colégio próximo ao estabelecimento. Uma delas disse que o homem a abordou em um banheiro e disse para “baixar as calças”.
O caso foi denunciado na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), em Fortaleza. — Foto: Google Maps |
Um casal denunciou que os dois filhos adolescentes foram assediados pelo dono de um bar, que fica localizado próximo ao colégio onde estudam. Os casos teriam acontecido no Bairro Montese, em Fortaleza, e foram relatados à Polícia no último dia 23 de junho. As vítimas têm 13 e 17 anos.
Os pais souberam do assédio após um episódio onde o filho mais novo precisou utilizar o banheiro do bar. O adolescente foi ao colégio, no dia 22 de junho, mas não pôde entrar porque a instituição estava realizando Jogos Interclasses, e só alunos que participariam das atividades esportivas puderam entrar na escola. Com isto, o adolescente foi ao bar que fica na frente do colégio para usar o banheiro.
O depoimento registrado em boletim de ocorrência foi prestado pela mãe, que informou que o dono do bar abordou o adolescente de 13 anos no banheiro, empurrou a porta e mandou que ele baixasse as calças. Contudo, o adolescente conseguiu fugir correndo.
A Polícia Civil disse que investiga um caso de tentativa de estupro de vulnerável contra um adolescente de 13 anos no Montese. De acordo com o boletim de ocorrência, ao tomar conhecimento do caso, a mãe da vítima de 13 anos foi informada pelo outro filho, de 17 anos, que o suspeito já o teria importunado sexualmente em uma outra ocasião.
“Foi muito chocante ficar sabendo de tudo isso. Eu e minha esposa estávamos finalizando um trabalho quando os meus filhos chegaram contando a situação. Foi um baque e mexeu muito com todos nós", disse o pai das vítimas.
Após o relato do irmão, o outro filho, de 17 anos, também contou que teria sofrido assédios verbais do mesmo homem. A outra vítima relatou aos pais (que passaram às autoridades) que o dono do bar dizia “ei menino bonito, vem aqui” quando o adolescente passava na frente do estabelecimento. Com os relatos, a mãe decidiu procurar a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente.
O pai disse que os filhos seguem indo para a mesma escola, inclusive o pedido de continuar foi feito pelo adolescente que foi assediado no banheiro; e que os filhos vão começar o acompanhamento psicológico.
“A gente está tentando lidar da melhor forma possível. A gente conversa com nossos filhos, pergunta como estão, o que estão sentindo. Eles estão bem abalados. Depois disso, meu filho ficou bastante fechado e assustado. Por exemplo, se chegar por trás dele para dar um abraço, ele se assusta”, relatou o homem.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) é a unidade responsável por conduzir as investigações.
BLOG SINHÁ SABOIA/ G1 CE
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