Mesmo para um clube acostumado a viver dramas na Libertadores, esta foi uma semana e tanto. De goleada histórica a um festival de desfalques, entre lesões e contaminados por Covid-19, passando até a treino cancelado por fenômeno natural, o técnico Domènec Torrent e o elenco rubro-negro passaram por um turbilhão, ou, para ser mais fiel ao ambiente do Equador, um vulcão em erupção. Hoje, às 19h15 (horário de Brasília) um Flamengo um tanto descaracterizado tenta a recuperação diante do Barcelona, em Guayaquil.
Diante de tantos problemas, os efeitos da última derrota, por 5 a 0, viraram detalhe após a confirmação que sete atletas estão com Covid-19 e desfalcam o time, que no total terá 11 baixas em campo. Se o cenário pode diminuir um pouco a responsabilidade de Dome e o vice de futebol Marcos Braz disse, no sábado, que em nenhum momento a demissão do técnico foi discutida, nos bastidores não houve garantia de permanência do espanhol no caso de nova derrota.
A sequência de novos desfalques (que se juntaram a Diego Alves e Pedro Rocha, que sequer viajaram ao Equador) teve início ainda no fim da derrota para o Independiente del Valle, quando Gustavo Henrique, que estava no banco, foi expulso. No domingo, foi constatada lesão muscular na coxa esquerda de Gabigol. Horas depois, quando as cinzas do vulcão Sangay já haviam cancelado o treinamento do Flamengo, o clube confirmou seis casos de Covid-19 entre os jogadores: os laterais Isla, Matheuzinho e Filipe Luís, o meia Diego e os atacantes Michael e Bruno Henrique. Ontem, mais um caso foi anunciado: o atacante Vitinho.
Os sete retornam hoje ao Brasil no mesmo voo fretado que levou ao Equador quatro jovens reforços para Dome: o zagueiro Natan, o lateral-direito João Lucas e os atacantes Guilherme Bala e Rodrigo Muniz.
Força no meio
Dos 25 jogadores que viajaram inicialmente ao Equador, na semana passada, apenas 16 estão à disposição para o jogo de hoje. Apesar de todos os problemas, a diretoria entende que Dome ainda tem à disposição um bom time. Perdeu os dois laterais, e provavelmente terá que escalar o jovem João Lucas mesmo com ele chegando ao Equador apenas na véspera do jogo, mas manteve o meio-campo praticamente intacto, com Arão, Gerson e Thiago Maia. No ataque, Pedro deve ser a grande esperança de gols, ao lado de Everton Ribeiro e Arrascaeta.
Em Guayaquil, em meio à operação de guerra para levar os quatro jovens que estavam no Brasil para reforçar o time hoje, Dome tentava manter a calma e conversava bastante com o médico do Flamengo, Márcio Tannure, e com o vice de futebol Marcos Braz. O clube sabia que não podia pedir a suspensão do jogo, pois tinha o mínimo de atletas necessários para a partida. Internamente, a preferência era mesmo por cumprir a tabela da Libertadores no Equador para não precisar retornar, já que a principal suspeita é que a contaminação dos jogadores se deu após o desembarque no país.
Ao mesmo tempo em que se desdobra para montar um time competitivo hoje, o Flamengo já planeja o jogo da próxima semana, dia 30, contra o Independiente del Valle, no Maracanã. Os sete jogadores que testaram positivo para coronavírus podem estar aptos para entrar em campo se testarem negativo nos próximos exames, marcados para sexta-feira.
BLOG SINHÁ SABOIA/ FONTE: PORTAL EXTRA
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