O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco |
Cartas de despedida foram achadas pela Polícia Federal na cela do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, encontrado morto na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. A suspeita é de que o criminoso tenha cometido suicídio. Laudo preliminar aponta que a causa da morte foi enforcamento. A morte de Elias será investigada pela delegacia da PF de Cascavel.
De acordo com o delegado Daniel Martarelli, nas cartas encontradas há pedidos de perdão para os familiares, mas não há menção sobre a motivação para o suicídio. A PF vai investigar se Elias foi, de fato, o autor das correspondências. Nas unidades federais, o presos ficam sozinhos nas celas, sem contato com outros detentos.
- Não há um motivo, mas ele diz basicamente que não tem mais vontade de viver, pedindo perdão para a família. Diz que não é um ato de covardia, mas de coragem e se sentia pronto para realizar esse ato. Nas cartas não há nada que fale sobre motivação, ameaças. Eram cartas dirigida a cada um dos familiares, e pedindo perdão, para que eles entendessem. - afirma.
Ainda de acordo com o delegado, os depoimentos e informações colhidas pela PF indicam se tratar de um “caso típico de suicídio”. Matarelli frisou, no entanto, que é preciso esperar o laudo pericial ficar pronto, além de analisar imagens das câmeras de segurança do presídio, que já foram recolhidas.
Apesar da hipótese mais provável de suicídio, agentes penitenciários ouvidos relataram que Elias Maluco não apresentava nenhum tipo de comportamento que indicava que ele estivesse disposto a cometer suicídio.
O corpo de Elias foi liberado no Instituto Médico Legal de Cascavel por seus advogados na tarde desta quarta-feira. O traslado do corpo para o Rio deve ser feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) ainda esta semana. O Depen é responsável pela administração dos presídios federais do país. Elias foi encontrado morto em sua cela na tarde dessa terça-feira. Ainda segundo Matarelli, o traficante se enforcou utilizando o lençol de sua cela.
- A cela estava bem organizada. A cama estava arrumada. Ele havia recebido a refeição na hora do almoço e ingerido normalmente. Tudo organizado, os livros, as cartas. A toalha estava na pendurada na parede que separa para o local do banho. E ele estava pendurado no fundo da cela, com um lençol. Lá, a estrutura tem uns vão tapados com grades e foi onde ele fez o laço - descreveu o delegado federal.
Condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, Elias Maluco estava em presídio federal de segurança máxima desde 2007, quando foi enviado o primeiro grupo de presos do Rio, integrantes da maior facção criminosa do estado, para Catanduvas. Desde então, ele passou por outras unidades, como a de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em 2017, ele retornou para o presídio no Paraná.
Elias Maluco é o segundo preso do Rio encontrado morto em presídio federais nos últimos cinco meses. Em abril, Paulo Rogério de Souza Paz, conhecido como Mica, foi encontrado morto em uma cela na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde cumpria pena. A suspeita é de que Mica tenha se suicidado com um lençol em sua cela.
BLOG SINHÁ SABOIA/ FONTE: PORTAL EXTRA
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