Um soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) é investigado após ser preso em flagrante supostamente recebendo um carregamento com centenas de unidades de anabolizantes. Antônio Carlos Holanda de Sousa Júnior foi preso em Fortaleza, no bairro Barroso.
Nessa segunda-feira (26), a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará e Sistema Penitenciário (CGD) publicou portaria informando ter instaurado processo administrativo disciplinar contra o policial "com o fim de apurar as condutas transgressIvas que lhe são atribuídas, bem como, a incapacidade deste para permanecer nos quadros da Corporação Militar".
A Pasta determinou afastamento preventivo do PM pelo prazo inicial de 120 dias. A defesa do soldado nega que Antônio Carlos tenha recebido a encomenda.
O FLAGRANTE
No dia 13 de junho de 2023, policiais militares teriam recebido informação que um PM estava prestes a receber carregamento de anabolizantes com centenas de frascos, comprimidos de estanozolol, oxandrolona, enantato de testosterona, lipostabil e cipionato de testosterona.
Ao chegarem na residência do suspeito, os agentes observaram a tentativa de entrega e fizeram a abordagem. Conforme os militares que prenderam o soldado, o suspeito tentou fugir e fechar o portão, mas foi detido e conduzido ao 6º Distrito Policial (Messejana).
Já o soldado disse em depoimento que não recebeu nenhuma caixa, "que a caixa não era sua e que ela havia sido colocada em sua calçada por um entregador".
A defesa do suspeito diz que os PMs ainda invadiram a residência particular sem autorização judicial e sem que dentro do imóvel existisse qualquer objeto ilícito: "o requerente em nenhum momento saiu de sua residência e sequer recebeu a encomenda. Ressalte-se que o suplicante negou que tinha encomenda para receber ao entregador da transportadora", conforme a defesa.
A versão do condutor do flagrante é diferente. Ele afirma "que haveria informação que um carregamento de anabolizantes seria entregue em um endereço certo no bairro Barroso e o recebedor dos produtos seria um policial militar, tendo inclusive o Serviço de Inteligência encaminhado uma fotografia da referida caixa com o nome do remetente e com o nome do destinatário e que por esse motivo havia a necessidade de um oficial à frente da ocorrência".
"A documentação apresentada reuniu indícios de materialidade e autoria, demonstrando, em tese, a ocorrência de conduta capitulada como infração disciplinar"
No dia seguinte à prisão, Antônio Carlos passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Agora, a defesa dele requer o relaxamento da prisão com substituição por medidas cautelares.
BLOG SINHÁ SABOIA/ DN
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