Legenda: A paralisação das atividades gerou uma crise no Estado no início deste ano Foto: Fabiane de Paula |
Demorou, mas as repercussões do último motim de policiais militares chegaram à campanha eleitoral em Fortaleza. Em manifestação nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (14), o governador Camilo Santana (PT) subiu o tom em relação ao candidato do Pros à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner, e agitou a campanha eleitoral, que está em tom ameno entre os concorrentes até aqui.
Na noite de terça-feira (13), em entrevista ao Programa PontoPoder Eleições, o candidato afirmou não ter apoiado o movimento que culminou na paralisação ocorrida em fevereiro deste ano no Estado. Wagner tentou demarcar ali um distanciamento da pauta corporativa, além de, na campanha, estar evitando o tema da segurança pública.
Quase que imediatamente, o governador chama o adversário para o debate e, sem citar campanha diretamente, mergulha na sucessão. Camilo tem feito gestos em favor da candidatura de Sarto Nogueira (PDT), mesmo o partido dele, o PT, tendo a candidatura de Luizianne Lins. Antes de contrair o coronavírus, Camilo estava cumprindo agenda diária de inaugurações de obras na Capital ao lado do prefeito Roberto Cláudio (PDT).
A entrada no tema na pauta da campanha marca um novo momento em que os ânimos vão começar a esquentar em um cenário de uma primeira rodada de pesquisas sobre as intenções de voto na disputa pela Prefeitura da Capital.
Em entrevista a este colunista em julho passado, o governador já havia resgatado o tema, quando falou de uma questão administrativa, mas com impactos políticos, sobre uma "desorganização" nas forças de segurança por conta do movimento. Na oportunidade, Wagner criticou o Governo pela condução do diálogo com os policiais.
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