O espancamento de uma travesti no bairro Vila Velha, em Fortaleza, ocorrido no dia 29 de novembro, foi encomendado por uma prostituta, que pagou R$ 100 para quatro homens agredirem a vítima, de de 17 anos. Segundo a polícia, o crime foi motivado por uma disputa por pontos de prostituição. Três pessoas foram capturadas e outras três estão sendo procuradas por envolvimento no crime.
Um dos alvos de busca é Joelma Moura de Lima, de 47 anos, a mandante do crime. Outro envolvido, Robert Wanderson Bezerra está sendo procurado pelos crimes de tortura e roubo, pois confessou agredir e tomar perteces da travesti, alegando que eram roubados. A polícia também procura Kevin Oliveira da Silva, o homem que aparece agredindo a vítima com um pedaço de madeira.
De acordo com o delegado Carlos Eduardo Silva de Assis, titular do 17º DP e responsável pelas investigações, a vítima não prestou Boletim de Ocorrência pois foi ameaçada de morte por Joelma após o espancamento. Ela teria obrigado a vítima a gravar um vídeo se retratando e insentando a participação dos envolvidos na agressão.
Capturados
Uma mulher, Ana Vitória Guimarães, de 20 anos, e dois adolescentes foram capturados suspeitos de participação no crime. A Polícia Civil segue em buscas de outros três suspeitos.
Ainda de acordo com a polícia, a mulher presa confessou a participação no crime e foi indiciada por tortura, pois embora não tenha participado diretamente do espancamento, registrou a agressão, a publicou e impediu a fuga da vítima.
Investigação
Ao todo, 16 pessoas foram ouvidas durante a investigação. Os envolvidos não foram presos antes porque prestaram depoimento fora da condição de flagrante, já que foram identificados apenas cinco duas após o crime. Ao saberem que os mandados de prisão haviam sido expedidos pela justiça, os suspeitos fugiram.
O delegado, que antes havia descartado que o crime tivesse motivação homofóbica. agora afirma que, analisando as imagens, podem-se ouvir termos entendidos como homofóbicos, mas optou por seguir as investigações em relação à tortura. "Não está descartado ainda esse crime com relações homofóbicas ou transfóbicas. Está sendo apurado em outros procedimentos", afirmou o delegado!
BLOG SINHÁ SABOIA/ POR FERNANDO RIBEIRO
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