Um dos presos passou em administração na UFC, um dos mais concorridos.
Coordenadora de escola para detentos cita dificuldade em matriculá-los.
Escola para presidiários no Ceará tem mais de 700 alunos (Foto: Divulgação) |
“É muito melhor ser reconhecido como alguém que está buscando uma segunda chance do que como alguém que cometeu um delito", diz um dos presidiários aprovados, que teve a identidade preservada. "Todos merecem uma oportunidade de refazerem suas vidas dignamente. Sei que o preconceito é muito grande, mas isso não diminui as minhas forças. Eu vou mostrar que as pessoas mudam quando realmente desejam essa mudança. Nunca me senti tão feliz”, completa.
"Os alunos que se matriculam no sistema prisional querem mudar de vida quando saírem dali. A gente tem atualmente 769 alunos; se a gente conseguir fazer com que 10 se sintam melhor e prontos para saírem do local, a gente entende que a escola tá acertando na sua parte", diz a coordenadora da escola Aloísio Leo Arlindo Lorscheider.
Após aprovação no Sisu, escola tenta autorização judicial para que presidiários possam cursar a faculdade (Foto: Divulgação) |
Dificuldade de matricular
A escola de ensino fundamental e médio foi fundada em 2013 para atender os presidiários do Ceará. Além da aprovação, a escola tenta incluí-los nas universidade, o que é uma dificuldade, segunda a professora Poennia Gadelha. "A Defensoria Pública não dá conta de toda a demanda do sistema penitenciário cearense, e os advogados particulares cobram muito caro para fazer uma solicitação desse tipo ao judiciário, algo em torno de R$ 10 mil", diz.
Para que o presidiário seja admitido em uma universidade, é preciso obter autorização judicial. Atualmente, dois presidiários do Ceará estudam em cursos de nível superior à distância pelo Prouni, mas os aprovados pelo Sisu nos anos anteriores não obtiveram permissão para o estudo.
A escola de ensino fundamental e médio foi fundada em 2013 para atender os presidiários do Ceará. Além da aprovação, a escola tenta incluí-los nas universidade, o que é uma dificuldade, segunda a professora Poennia Gadelha. "A Defensoria Pública não dá conta de toda a demanda do sistema penitenciário cearense, e os advogados particulares cobram muito caro para fazer uma solicitação desse tipo ao judiciário, algo em torno de R$ 10 mil", diz.
Para que o presidiário seja admitido em uma universidade, é preciso obter autorização judicial. Atualmente, dois presidiários do Ceará estudam em cursos de nível superior à distância pelo Prouni, mas os aprovados pelo Sisu nos anos anteriores não obtiveram permissão para o estudo.
Enem para privados de liberdade
O Enem para pessoas privadas de liberdade (PPL) é uma versão especial do exame dedicada exclusivamente a adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que também inclui privação de liberdade.
O Enem para pessoas privadas de liberdade (PPL) é uma versão especial do exame dedicada exclusivamente a adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que também inclui privação de liberdade.
Para garantir a participação destas pessoas, as unidades prisionais e socioeducativas firmaram termo de adesão com o Inep, indicando um responsável pela inscrição e acompanhamento de cada candidato. No caso da região metropolitana de Fortaleza, esse acompanhamento é realizado pelos membros do núcleo gestor da EEFM Aloísio Leo Arlindo Lorscheider, a saber: Raimundo Nonato, diretor, e as três coordenadoras escolares, Maria Aparecida, Poennia Gadelha e Sirlandia Dantas.
As provas utilizam o mesmo modelo e tem o mesmo nível de dificuldade do Enem tradicional, sendo composto por 180 questões, subdividas em quatro grandes áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens e Códigos e Redação.
Os resultados do Enem PPL também podem ser utilizados para fins de Certificação de Conclusão do Ensino Médio pelas Instituições autorizadas pelo Inep. Para tanto, o candidato deve atingir o atingir o mínimo de 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do exame e o mínimo de 500 pontos na redação.
G1 CEARÁ.
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