segunda-feira, 31 de outubro de 2016

VÍDEO: TRÊS DELEGACIAS FUNCIONAM NO QUARTO DIA DE GREVE DOS POLICIAIS CIVIS DO CEARÁ


Na Capital funcionam a Delegacia da Mulher e a da Criança e Adolescente.
No interior, somente a Delegacia de Jaguaribe.



No quarto dia da greve dos policiais civis, apenas três delegacias no Ceará funcionam na manhã desta segunda-feira (31). Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), na capital, funcionam desde 8 horas a Delegacia da Mulher, no Bairro Benfica, e a Delegacia da Criança e do Adolescente, no Bairro Presidente Jennedy.
O Sinpol lembra que na Delegacia da Criança e do Adolescente será aberta para procedimentos com jovens até 18 anos, e a Delegacia da Mulher, para ocorrências de Boletim de Ocorrências (B.O), cumprimento de mandados de prisão, flagrantes e Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
No interior, está em funcionamento apenas a Delegacia Regional de Jaguaribe, na Região Jaguaribana do estado.


Paralisação
Os policiais civis do Ceará decidiram na noite da última quinta-feira (27) iniciar uma nova greve. Um grupo de policiais ficou acampado em frente ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará. Eles afirmaram que vão manter o acampamento no local durante a greve. Segundo a categoria, eles reinvidicam a desativação das carceragens nas delegacias, melhorias nas condições de trabalho e melhores salários.

"A gente foi chamado a uma audiência de conciliação, mas os compromissos como reconhecimento de policial civil com nível superior e o fim das carceragens nas delegacias não foram atendidos. A categoria não aceita mais trabalhar dessa forma, a gente fez todos os esforços para não chegar até aqui", afirmou o presidente do Sinpol, Francisco Lucas.

Sem diálogo com grevistas ilegais
O delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Ceará, Andrade Júnior, disse na manhã de sexta-feira (28), que não há nenhum tipo de negociação entre Governo do Estado e policiais civis em greve. De acordo com Andrade Júnior, "não há negociação quem estiver na ilegalidade". O delegado ainda reforçou que a maioria dos policiais não aderiu à paralisação e que não descarta uma medida judicial e administrativa para os grevistas.
“Primeiramente não há negociação com quem estiver na ilegalidade. A grande maioria dos policiais não aderiram esse movimento ilegal. Trata-se de um movimento irresponsável  por parte da diretoria do Sinpol, e todas as medidas cabíveis judiciais estão sendo tomadas tanto na partida administrativa como criminal”, afirmou.
Segunda greve em dois meses
Esta é a segunda vez que a Polícia Civil do Ceará entra em greve nos últimos dois meses. Em setembro, os servidores pararam as atividades reivindicando melhoria salarial, alegando que o Ceará possui o pior salário do Nordeste; aumento do efetivo e proibição dos desvios de funções. O sindicato afirma que é preciso evitar que os policiais civis deixem de investigar os crimes para fazer a custódia de presos recolhidos em delegacias.
Em 27 de setembro, a Justiça determinou a ilegalidade da greve dos policiais civis do estado. Segundo a sentença judicial, os 100% dos policiais devem retornar às atividades 24 horas após a notificação da decisão.
Corte do ponto
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal de Federal (STF) considerou legítima a possibilidade de órgãos públicos cortarem o salário de servidores em greve desde o início da paralisação. Não poderá haver o corte nos casos em que a greve for provocada por conduta ilegal do órgão público, como, por exemplo, o atraso no pagamento dos salários.
O presidente do Sinpol, Francisco Lucas, afirmou que apesar da decisão do STF, a categoria não vai recuar. Ele sugeriu um negociação com o governo em relação a esse ponto.
G1 CEARÁ

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