sexta-feira, 10 de maio de 2024

POLICIAL CIVIL E PSICÓLOGO É DEMITIDO SUSPEITO DE ABUSAR DE SOBRINHO COM AUTISMO DURANTE CONSULTAS NO CEARÁ


Um policial civil que atuava também como psicólogo, foi expulso da corporação, suspeito de abusar sexualmente de criança autista de 11 anos. O agente atuava na Delegacia Municipal de Bela Cruz, no Litoral oeste do Ceará, e possuía um consultório particular no município, onde o crime ocorreu.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, 7/5. O crime ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O policial teria se aproveitado da criança que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), durante as sessões de psicoterapia. A criança era atendida há cerca de quatro anos.

Conforme a decisão, "o quadro de saúde mental da vítima teria regredido e se agravado diante da sensação de impunidade do agressor". Contra o agente, foi aberto um inquérito policial, na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca).

O homem foi condenado em 9 de janeiro de 2024 a 15 anos, 2 meses e 10 dias de prisão e ao pagamento de R$ 20 mil em danos morais a vítima. O caso cabe recurso, que ele recorre em liberdade.

O registro de psicólogo do agente também foi suspenso.

ENTENDA O CASO

O caso veio a tona junho de 2022, após denúncia da mãe da criança. O menino de 11 anos passou a ter comportamentos estranhos, pesquisando sites de filmes pornográficos online.

O garoto só confirmou a mãe que sofria abusos do psicólogo quando ela optou por ele não participar mais das sessões. Então, o menino agradeceu a mãe e contou os abusos.

O policial teria ainda ameaçado a criança para não contar nada que ocorria no consultório, pois poderia expor sua família.

O suspeito é casado com a tia da vítima. Em depoimento, a mãe da vítima informou que o filho foi paciente do ex-policial civil durante quatro anos. A criança tem diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH e Transtorno do Espectro Autista - TEA.

No depoimento, o ex-policial civil negou as acusações da família. Ele disse que decidiu encerrar as consultas depois que a esposa e cunhada dele (que são irmãs) tiveram uma briga por motivos financeiros.

BLOG SINHÁ SABOIA/ DN

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