Outros três presídios da Grande Fortaleza também tiveram rebeliões. Dois dos mortos vão ser identificados através de exames de DNA.
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) confirmou, no fim da tarde deste domingo (22), cinco mortes em decorrência das rebeliões ocorridas neste sábado (21) e domingo (22) em presídios do Ceará. De acordo com a Sejus, os conflitos entre os próprios internos resultaram em três mortes na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, em Caucaia, neste domingo, e outras duas registradas no sábado, na Casa de Privação de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL) III, em Itaitinga, também após conflitos entre os internos.
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Presos incendiaram colchões da CPPL, em Itaitinga (Foto: Arquivo Pessoal) |
Em nota, a Sejus informou que a visitação dos internos ocorreu normalmente, neste domingo, no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, Penitenciária Francisco Hélio Viana e Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II). Nas Casas de Privação Provisória II, III e IV, que concentraram as rebeliões de sábado, a situação permanece instável, mas não houve novos conflitos. Nessas unidades, não houve visita e os internos estão contidos por policiais e agentes penitenciários.
Durante a manhã deste domingo, houve rebelião na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, em Caucaia. A situação teve intervenção da polícia e foi contida ainda pela manhã. No início da tarde, internos da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima iniciaram uma nova rebelião, mas 17h40, policiais e agentes penitenciários dos grupos especializados conseguiram conter a situação, segundo a Sejus.
Prejuízos
O Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) foi enviado aos locais para avaliar os prejuízos e os danos ao patrimônio nas unidades prisionais. Conforme a Sejus, o departamento irá contabilizar os estragos nestas unidades para que em seguida sejam iniciados os reparos.
O procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, determinou a instauração de procedimento investigatório, no início da tarde deste sábado, para apurar autoria e responsabilidades dos crimes de homicídio e danos ao patrimônio público no sistema penitenciário do Ceará. Segundo o Ministério Público, aconteceram "uma série de rebeliões".
Protestos
Cerca de 300 pessoas bloquearam um trecho da BR-116 em frente a Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL 1), em Itaitinga, na Grande Fortaleza. O grupo, formado por familiares dos detentos, queimou pneus e fechou a via nos dois sentidos. A ação foi em protesto à suspensão das visitas na unidade prisional em decorrência das rebeliões ocorridas neste fim de semana.
O protesto começou por volta das 15h30 na altura do Km 17 da BR-116, apenas no sentido capital/interior. No fim da tarde, a outra via foi bloqueada e o congestionamento chegou a dois quilômetros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Neste sábado, familiares dos detentos fecharam a BR-116, nas proximidades do quilômetro 27, nos dois sentidos, em protesto porque não conseguiram visitar os parentes. Trânsito ficou complicado e a PRF-CE disse que um congestionado de 5 quilômetros foi formado por causa dos protestos.
Fonte: G1
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