sábado, 21 de maio de 2016

CAMOCIM-CE: POLÍCIA MILITAR CONTROLA REBELIÃO DESENCADEADA PELOS DETENTOS DA CADEIA PÚBLICA.


Detentos cadeia pública de Camocim desencadearam uma rebelião durante a noite de sexta-feira, 20. Um grande aparato da Polícia Militar teve que ser usado para contornar a situação caótica que permaneceu durante horas na unidade prisional.


Início

Era por volta das 23h00 de sexta-feira, 20, quando alguns detentos começaram a soltar rojões de dentro pra fora das celas. Imediatamente foi enviadas para o local equipes da Força Tática, FTM  e Ronda do Quarteirão, além do reforço de quatro agentes penitenciários lotados na cadeia.
A situação só piorava e os ânimos se arriçavam, tanto por partes dos militares como por parte dos detentos. Cerca de meia noite o Tenente Coronel Artunane Aguiar compareceu ao local e passou a comandar pessoalmente a operação com o auxílio do Tenente Cleumir.
Os detentos se rebelavam cada vez mais e passaram a queimar muitos de colchões, vários armários de duas salas de aulas, roupas, papelões etc. Uma fogaréu tomou conta do corredor das celas de modo que alcançou o forro da cadeia. Imediatamente uma equipe do Corpo de Bombeiros foi deslocada para o local e por volta de 01h00 da manhã já de sábado chegou à cadeia e consegui debelar o incêndio.

Detento feito refém

Momentos depois a rebelião se agravou e os internos promoveram mais “quebra-quebra” dentro das celas. Todos os portões da celas foram danificados e os detentos ficaram soltos no corredor. Pra piorar a situação um detento foi feito de refém e por várias horas os internos ameaçavam degolá-lo com uma faca no pescoço.

Fugas

Em seguida foram quebrados os cadeados da grade de acesso ao pátio externo e a partir daí eles passaram a fugir por diferentes locais da unidade.
Já por volta de 02h00 da manhã, militares do Cotar e do Batalhão de Divisas chegaram à Camocim e junto com os demais policiais engajaram na operação. Parte dos policiais e os agentes permaneceram na cadeia para que mais fuga fosse evitada enquanto outras equipes saturavam pelas imediações objetivando capturar os detentos fujões.
Na fuga, vários dos detentos subiram e escalaram lojas e casas, inclusive parte deles ficaram escondidos nos telhados. Cerca de 42 detentos conseguiram fugir, se espalhando por locais diferentes. Com muito esforço e abnegação, os militares ainda conseguiram captura 30 presos, 15 deles invadiram uma residência e só se entregaram graças a negociação realizada pelo Tenente Coronel Artunane.

Negociação, Invasão e contenção

Com armamento apropriado (não letal), pm's do Cotar planejavam a invasão, contudo não houve necessidade. Já por volta das 03h00 o Tenente Coronel Artunane auxiliado pelo administrador da cadeia iniciou uma negociação com os líderes da rebelião. Somente quando estavam praticamente sem saída e após muita negociação foi que os detentos enfim libertaram o refém, entregaram as armas e resolveram permitir a entrada dos policiais. Uma revista minuciosa foi realizada nas celas já praticamente destruídas e também nos detentos, um por um.

Recontagem

Os agentes penitenciários fizeram uma recontagem e constataram que doze detentos ainda estavam foragidos, são eles: 
Rafael Milton do Nascimento; Erivando da Cunha Rocha, vulgo "Lica"; Francisco Davi do Prado; Paulo Roberto Araújo do Nascimento; Ezequiel Pereira da Silva; Francisco Wellington da Costa Júnior, vulgo "Juninho"; Felipe Rocha do Nascimento; Josemias Cruz do Nascimento Júnior; Lucas Silva Costa; Marcelino Gomes Alves; Natan Ferreira Lima; Roberto dos Santos Cavalcante.
Os detentos capturado e os que não conseguiram fugir foram postos no corredor da celas, visto que estas se encontram quase que totalmente destruídas. Segundo os pm's e agentes, o risco de fuga ainda é muito grande, pois no corredor há somente dois portões com pequenos cadeados.
Nesse momento várias equipes policiais saturam pela cidade a procura dos internos que ainda estão foragidos. 

Camocim 24 Horas.


0 comentários:

Postar um comentário