sexta-feira, 15 de abril de 2016

CEARÁ PACÍFICO? Facções criminosas já praticaram 21 ataques no Ceará, com carro-bomba, incêndios em ônibus, delegacias e outros bens públicos metralhados

Quinta-feira 14.4.2016 220
O mais recente ataque ocorreu na madrugada de hoje, com pichação e bomba na Câmara de Sobral
Sexta-Feira 4.3.2016 057
Quatro delegacias da Polícia Civil foram alvo de atentados, em Fortaleza e Caucaia
ônibus incendiado 1
Os ataques mais comuns das facções criminosas em Fortaleza são incêndios em ônibus
Em menos de quatro meses de 2016, o Ceará foi palco de 21 ataques promovidos pelas facções criminosas que dominam o comércio de drogas, controlam os presídios e penitenciárias e ordenam crimes nas ruas, tais como assassinatos, chacinas e assaltos.  
Os “alvos” principais dos atentados das quadrilhas são, preferencialmente, ônibus, delegacias da Polícia Civil, quartéis da PM e, agora, torres de operadoras de telefonia móvel. Também cartas  ameaçadoras foram remetidas a autoridades. Nem o governador do Estado escapou.
O balanço de 2016 revela, ainda, que os criminosos também metralharam um prédio pertencente  à Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), a sede de uma Câmara de Vereadores e, o mais grave de todos, a colocação de um carro-bomba na porta da Assembleia Legislativa do Estado.  Houve, ainda, uma ameaça de bomba na sede do Fórum da Capital.
Os ataques passaram a acontecer com maior intensidade após o governador Camilo Santana (PT) encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que determina a instalação de bloqueadores de sinal de celulares nos presídios, penitenciárias e outras unidades do Sistema Penitenciário do Estado.  A lei, aprovada há três semanas e ainda não implantada, prevê que cabe às operadoras de celular a instalação e funcionamento dos bloqueadores.
Em março foi registrado o maior número de ataques no Estado, com mais freqüência na Capital e sua Região Metropolitana.
Veja agora a cronologia dos atentados das facções criminosas em 2016:
01 (18 de fevereiro) – Uma ameaça de bomba no prédio do Fórum Clóvis Beviláqua mobiliza o Esquadrão anti-Bombas da PM. O local é evacuado e não foram encontrados artefatos.
02 (2 de março) – Bandidos tentam incendiar um ônibus na Avenida Sargento Hermínio, no bairro Presidente Kennedy, na zona Oeste da Capital, e são detidos. Entre eles, dois menores.
03  (2 de março) – Bandidos incendeiam parcialmente um ônibus estacionado ao lado do Terminal de Passageiros do Siqueira.
04 (2 de março) – Criminosos tentam incendiar um ônibus que trafegava pela Rua Teófilo Cordeiro, no bairro Aerolândia.
05 (2 de março) – Ônibus incendiado por criminosos no fim da linha do bairro Abreulândia.
06 (2 de março) – Bandidos ateiam fogo em um ônibus no bairro Ancuri.
07 (2 de março) – Uma topique é atacada e incendiada nas ruas do bairro Genibaú.
08 (3 de março) – Quadrilha metralha fachada do prédio onde funciona o setor de atendimento e acompanhamento de egressos do sistema penitenciário, órgão da Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), localizado na Avenida Heráclito Graça, Centro, em Fortaleza.
09 (3 de março) – Bandidos atacam e metralham a fachada da delegacia do 19º DP (Conjunto Esperança), deixando as portas de vidros estilhaçadas.  Tiros atingiram também paredes e móveis no setor de atendimento.
10 (3 de março) – Quadrilha metralha também a fachada da delegacia do 27º DP (João XXIII), em Fortaleza, deixando no local muita destruição, além de uma granada, que não explodiu.
11 (5 de março) – Bandidos atacam a delegacia do 23º DP (Conjunto Nova Metrópole), em Caucaia, deixando marcas de tiros nas dependências da distrital.
12 (6 de março) – Quadrilha metralha a fachada da delegacia do 3º DP (Otávio Bonfim), em Fortaleza, deixando muita destruição no local.
13 (27 de março) – Bandidos atacam e incendeiam um ônibus na Rua Joacir Sampaio Pontes, no Centro da cidade de Caucaia e deixam recado contra a instalação de bloqueadores de sinal de celular nos presídios.
14 (28 de março) – Um grupo armado tenta incendiar um ônibus em plena Avenida Dom Almeida Lustosa, no distrito de Jurema, em Caucaia.
15 (4 de abril) – Um carro roubado, com uma carga de 23 quilos de explosivos, é deixado ao lado da sede da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. O artefato foi removido pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Se houvesse a explosão, os efeitos seriam gravíssimos.
16 (12 de abril) – Bandidos atacam e incendeiam um ônibus no bairro Vila das Flores, no Município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. O motorista do coletivo é rendido e sofre queimaduras graves.
17 (12 de abril) – Homens armados tentam parar e incendiar um ônibus na Avenida Perimetral, no bairro Henrique Jorge. O motorista acelerou e os criminosos dispararam vários tiros atingindo a parte traseira e vidros do veículo.
18 (13 de abril) – Bandidos incendeiam a torre de telefonia celular da operadora Oi na localidade de Boqueirão de Araras, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
19 (13 de abril) – Uma ameaça de bomba  mobiliza a Polícia para sede de uma empresa que presta serviços terceirizados à operadora de telefonia Oi, na Avenida Borges de Melo, próximo à Rodoviária de Fortaleza. O Gate faz uma varredura no prédio e não encontra os artefatos.
20 (13 de abril) – Bandidos incendeiam uma torre de de telefonia celular da operadora Oi na Rua Bragança, no bairro Granja Portugal, no Grande Bom Jardim, zona Sul de Fortaleza.
21 (14 de abril) – Bandidos atacam a sede da Câmara Municipal da cidade de Sobral, na zona Norte do Estado (224 km de Fortaleza), picham as paredes com a sigla do PCC e detobam vários coquetéis molotov (bombas caseiras). 

BLOG FERNANDO RIBEIRO.

Um comentário:

  1. Esses ataques colocar em evidência novamente a velha questão da liberação das drogas(Principal financiador do crime), com a descriminalização o trafico perde o seu ganha pão, e os "drogados" deixam de ser criminosos dando lugar para os verdadeiros bandidos, pois apesar de não parecer verdade, 98% desses usuários são as verdadeiras vitimas, pois quem quer roubar e matar não precisa de droga para isso,ser ruim e uma escolha ou a falta dela . Não é para liberar para todos ou acreditar que por ser liberada deve ser usada, é para não deixar que esse problema(Drogas) destruam ainda mais as famílias que lutam com os seus filhos "doentes" e julgado como criminosos.. .Quando se fala em ousar é preciso construir toda uma estrutura para que isso seja feito, ser maduro, ouvir e da opinião, pois aumentar o numero de policiais além de não resolver, transforma essa luta em um palco de guerra e serão,pode acreditar, seus filhos os soldado dessa batalha...

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