Mais de 120 policiais civis cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão.
Operação da Polícia Civil cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em Fortaleza. — Foto: Halisson Ferreira/SVM |
Uma operação da Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (27) 38 pessoas e apreendeu seis adolescentes suspeitos de integrarem uma organização criminosa em Fortaleza, de acordo com o delegado Leonardo Barreto, que supervisiona a operação. Um outro suspeito foi detido em flagrante com arma de fogo.
A operação está relacionada com os ataques criminosos em todo o Ceará, que chegam ao 8º dia. Desde sexta-feira (20), ocorreram pelo menos 90 ocorrências e 124 pessoas foram detidas, entre adultos e adolescentes. Foram registrados incêndios contra coletivos, prédios públicos e privados e veículos particulares.
De acordo com o secretário da Secretaria da Segurança, André Costa, mais de 120 policiais civis participam da operação que teve início nas primeiras horas desta sexta. Além das prisões, armas também foram apreendidas.
A operação foi denominada "Eirene", em referência à deusa grega que personifica a paz. André Costa afirmou também que os presos têm ligações com homicídios e que o Bairro Papicu em Fortaleza é uma região que a polícia sabe que partiu as primeiras ordens para as recentes ações criminosas.
“É uma operação que partiu da DHPP e ela tem como objetivo prender pessoas ligadas a homicídios e nós temos tanto mandantes de crimes, tivemos o caso lá no Bairro Papicu, o indivíduo ele chefiava o tráfico lá na região, uma região que sabemos que partiram as primeiras ações criminosas nessa atual onda atuais de ações e então tivemos pessoas a nível de serem mandantes e também executores de homicídios”, afirmou.
Na quinta-feira (27), uma operação da Polícia Federal cumpriu mandado de prisão contra os chefes da facção que comandam a onda de violência. Um dos alvos do mandado é um presidiário que estava detido em Pernambuco; na cela dele, policiais encontraram um telefone celular.
Segundo o secretário de Segurança Pública, André Costa, a recente onda de violência é uma reação de detentos ao 'fim de regalias' nos presídios cearenses. Ao todo, 257 presos foram transferidos como "forma preventiva e tática" para combater os atentados. Dez chefes de facção envolvidos nos casos foram encaminhados de penitenciárias estaduais a presídios federais.
Em abril, as explosões nas torres de transmissão tiveram relação com os ataques registados entre os meses de janeiro e fevereiro no Ceará. Foram mais de 260 ações criminosas contra coletivos, prédios públicos, agências bancárias, viadutos e comércios, em pelo menos 50 dos 184 municípios cearenses.
Os ataques foram motivados pela nomeação do secretário de Administração Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, pelo governador Camilo Santana, em janeiro. Albuquerque adotou medidas que aumentaram o rigor dentro dos presídios cearenses, como vistorias frequentes, retirada de tomadas das celas e suspensão de visitas íntimas.
Devido à insegurança, a frota de ônibus de Fortaleza foi reduzida no início da semana, e os veículos circulavam com policiais militares dentro.
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