"Pedimos que cumpra-se nossas exigências, pois senão vamos começar a tirar a vida dos agentes". A declaração foi retirada de uma carta deixada nas mãos de um motorista de ônibus, que teve o veículo que guiava queimado no último domingo (5), no Jardim Fluminense, em Fortaleza. O documento teria sido escrito por internos da Casa de Privação Provisória de Liberdade I (CPPL I). Na tarde desta segundafeira (6), o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (SindaspCE), Valdemiro Barbosa, apresentou cópia da carta e cobrou resposta do governo. "Exigimos uma resposta do estado.
Um bilhete desse, bem escrito, partiu do crime organizado para impor medo e nós não vamos aceitar essa postura de forma alguma. Nos preocupa muito o conteúdo dessa carta pois a gente sabe do que essas pessoas são capazes". O presidente do sindicato fez ainda denúncias da situação do sistema carcerário cearense. “Uma cela feita para seis presos tem 20. Tudo quebrado, faltando água, energia, úmida, quente, com uma série de deficiências. Muita muriçoca, rato, gato, uma fedentina absurda. Fossas estouradas. É um absurdo. Uma verdadeira favela. A gente tem que mostrar isso, essa realidade, para ver se o governo desperta”, detonou Barbosa. Em nota, a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) afirmou que ainda não conversou com o Sindasp e "assegura que trabalha para garantir a integridade física dos agentes penitenciários e demais funcionários do sistema prisional".
Fonte: DN
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