A advogada @biancabrunoadv divulgou uma nota pública em defesa de Paulo Regis Araújo Sousa, preso recentemente em sua residência no Sítio Suminário, localizado na zona rural de Ubajara, no Ceará. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado expedido pelo estado do Rio de Janeiro, onde ele é acusado de participação em um latrocínio ocorrido em 7 de agosto de 2019.
No entanto, segundo a advogada, a acusação contra ele apresenta falhas graves e viola princípios fundamentais do devido processo legal. Bianca Bruno afirma que Paulo jamais teve a oportunidade de se defender, nunca foi ouvido em sede policial e sequer tinha conhecimento da existência do processo até sua prisão. Além disso, no dia do crime, ele já residia e trabalhava no Ceará, o que tornaria impossível sua participação no delito.
Outro ponto contestado pela defesa é o reconhecimento fotográfico, que teria sido realizado de forma irregular, contrariando o artigo 226 do Código de Processo Penal. A advogada também destacou que a testemunha descreveu o autor do crime como um homem branco, enquanto Paulo Reis é pardo e de descendência indígena.
Familiares de Paulo o descrevem como um homem trabalhador, dedicado à família, que retornou ao Ceará em 2016 para reconstruir sua vida como agricultor e barbeiro. Para a advogada, sua prisão é um reflexo do racismo estrutural e do preconceito contra nordestinos dentro do sistema de justiça.
“Reconhecemos a dor causada por este crime e entendemos a busca por justiça, mas a resposta do Estado não pode ser a condenação de um inocente”, declarou a advogada Bianca Bruno.
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