Novos vídeos da Chacina da Grande Messejana, em Fortaleza, mostram disparos efetuados contra três, das onze pessoas mortas em novembro do ano passado. Segundo o Ministério Público, são mais provas que incriminam os 44 policiais presos.
O vídeo mostra que o comboio, segundo o processo, formado por policiais, chega à rua no Bairro Curió. Um minuto depois, as imagens mostram o clarão dos disparos. Três das quatro vítimas morreram nessa ação. Em seguida, o comboio vai embora. Quarenta minutos depois, todos voltam a passar pelo local. Vários carros estavam com placas adulteradas, cobertas com fita isolante. Para os pomotores, são provas técnicas que reforçam a acusação contra os policiais presos.
O Ministério Público continua as investigações do caso, já que, segundo os promotores, mais de 100 pessoas estariam envolvidas na chacina. Muitas delas ainda não foram identificadas. A promotoria espera por novas provas para dar continuidade aos trabalhos.
Enquanto isso, o Ministério Público ressalta que as investigações não são contra a polícia, mas atingem os profissionais com suspeita de envolvimento na chacina. “A Polícia Militar do Cearámerece e continua a merecer nosso respeito, nossa admiração. Composta por mais de 17 mil homens. E desses 17 mil apenas esses 45 ou um pouco mais, individualmente, pontualmente cometeram infelizmente essa chacina, essa barbárie, esse ato reprovável”, explicou o promotor, Marcus Renan Palácio.
Denúncia do Ministério Público
A denúncia do Ministério Público tem 69 páginas. Reúne uma série de provas que, segundo os promotores, comprovam participação de policiais militares, que se articularam em conversas por telefone e redes sociais para a ação. A chacina da Grande Messejana deixou 11 pessoas mortas.
A denúncia do Ministério Público tem 69 páginas. Reúne uma série de provas que, segundo os promotores, comprovam participação de policiais militares, que se articularam em conversas por telefone e redes sociais para a ação. A chacina da Grande Messejana deixou 11 pessoas mortas.
No dia 31 de agosto, 44 policiais tiveram a prisão decretada pela Justiça. A Associação de Cabos e Soldados montou um escritório para prestar atendimento jurídico dentro do 5º batalhão, onde estão os presos. Eles podem apresentar defesa até antes da audiência, marcada para dia 7 de outubro.
A Associação de Cabos e Soldados informou que todos os 44 policiais militares presos foram ouvidos pelo departamento jurídico da instituição. A associação vai fazer a defesa de 16 deles.
G1 CEARÁ
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