A disputa política em Icó chega às raias da violência, com atentados a tiros e tensão na população
A Polícia Federal foi acionada e deverá ocupar as ruas da cidade do Icó (a 375Km de Fortaleza) nos próximos dias, diante do acirramento da campanha política e dos últimos episódios de violência envolvendo candidatos, militantes e autoridades. A decisão pela intervenção da PF naquele Município partiu do próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Um dos episódios que concorreram para a decisão do TER foi o atentado a tiros na casa do fiscal da propaganda eleitoral, o oficial de Justiça Carlos Alberto dos Santos, o “Carlão”. Na semana passada, bandidos em uma motocicleta passaram em frente à residência do servidor do Judiciário e dispararam, pelo menos, seis tiros de pistola.
Uma semana antes, o oficial de Justiça foi desacatado e sofreu agressão física quando fazia a fiscalização da propaganda eleitoral durante a carreata de um candidato. Na ocasião, ele teria sofrido até ameaças de morte. O caso foi registrado através de um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia Regional de Polícia Civil de Icó. Dias depois, a represália veio em forma de tiros contra a casa do fiscal.
Mais tiros
Na semana passada, outro suposto atentado político teve como alvo um comerciante dono de um restaurante da cidade. Por estar apoiando um candidato a prefeito, ele foi atacado. Seu carro acabou atingido por vários disparos de armas de fogo.
As denúncias sobre o caso foram parar no Tribunal regional Eleitoral, em Fortaleza. O juiz titular da 15ª Zona Eleitoral de Icó, Bruno Gomes Benigno Sobral, e o próprio prefeito de Icó, Jaime Júnior, que é candidato à reeleição, solicitaram medidas urgentes tendo em vista o grave clima de animosidade no Município.
Por decisão unânime da Comissão de Segurança Permanente da Justiça Especializada, foi decidido solicitar da PF o reforço em Icó. Um ofício neste sentido já foi enderaçado ao superintendente da PF no Ceará, delegado Delano Cerqueira Brun.
POR FERNANDO RIBEIRO
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