sexta-feira, 19 de junho de 2015

OMISSÃO NA ESTRADA


REGIONAL
Sem contingente suficiente, Polícia Rodoviária Estadual é pouco presente nas rodovias estaduais e estrada vira terra sem lei. Não é novidade que tanto nos bairros de Sobral que está sob a responsabilidade do município, quanto nas rodovias de responsabilidade do Estado, andar sem capacete e de sandálias impróprias, além de transportar passageiros de forma irregular e colocando a vida de terceiros em risco, são algumas das infrações que tem tirado a vida de muita gente e ocupado leitos nos principais hospitais públicos de Sobral, no Norte do Ceará. Flagramos uma D20 com passageiros até no teto no último domingo 17. E o mais grave, um dos passageiros sai da carroceria e passa para o teto do veículo em movimento.
A situação é ainda pior nas cidades onde não há autarquia de trânsito e com o pouco contingente policial e a falta de interesse em fiscalizar e realizar barreiras policiais, muitos desses veículos roubados, passam a circular nos distritos de Sobral e região. Nossa equipe recebeu denúncias de que motocicletas roubadas circulam livremente nos distritos de cidades da região Norte do estado e constatamos ainda, a liberdade de trafegar fora da lei numa viagem de Sobral, passando pelo distrito de Jaibaras e os municípios de Cariré, Reriutaba, Varjota até São Benedito. Segundo um vereador de Guaraciaba do Norte que preferiu não se identificar, o município fecha os olhos e não aperta a fiscalização porque é uma medida impopular que pode afetar diretamente em época de campanha política. Segundo estatísticas de atendimentos na emergência da Santa Casa de Sobral, uma média de 30% dos atendimentos naquela unidade hospitalar, são de pilotos e passageiros de motocicletas sem capacete, vindos principalmente dos distritos e de outros municípios da região Norte.
A fila de espera por cirurgias corretivas na área traumatológica passa de 200 pacientes. Quem tem dinheiro, paga particular e tende a se recuperar mais rapidamente, quem espera pelo SUS, tem que se adequar ao sistema e esperar. As cirurgias de emergência são realizadas apenas para os casos mais graves como fraturas expostas e traumatismo craniano grave, caso contrário, o paciente recebe alta e o sofrimento pode durar meses. Dependendo da gravidade da fratura, uma cirurgia particular pode chegar a custar até 15 mil reais.




Fonte e fotos: Wellington Macedo

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