quinta-feira, 23 de abril de 2020

ATLETAS DO GUARANY DE SOBRAL COBRAM DIREITOS TRABALHISTAS; CLUBE PROMETE SOLUÇÃO

O elenco principal foi comunicado sobre uma rescisão, mas não recebeu nenhum valor previsto em CLT


Atletas foram demitidos no dia 23 de março, mas não receberam nenhum auxílio financeiroFoto: Dan Seixas

A diretoria do Guarany de Sobral não pagou nenhum valor referente a rescisão contratual do elenco. Com dificuldade financeira devido à pandemia do novo coronavírus, o clube anunciou a demissão de todos os atletas no dia 23 de março.

O Diário do Nordeste apurou que os jogadores cobram o salário referente ao último mês, os direitos previstos em CLT pela ruptura do contrato e uma premiação de R$ 200 mil, montante acordado pelo título simbólico da 1ª fase do Campeoneto Cearense.

A tentativa de contato e negociação com a equipe está sendo articulada pelo presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (Safece), Marcos Gaúcho, e por lideranças do plantel. Para ajudar os profissionais, a entidade disponibilizou 15 cestas básicas.

"Alguns atletas estão em situação complicada. Faz tempo que aguardamos uma resposta deles. O clube alega dificuldade de pagamentos devido ao fluxo de caixa, mas algo tem que ser resolvido. Vamos aguardar esses pagamentos o quanto antes", apontou Gaúcho.

Em contato com a reportagem, o diretor de futebol do Guarany, Thiago Dias, confirmou a pendência com os atletas. "Vamos resolver a situação até amanhã", concluiu.

Em 2020, o Bugre estava no G-4 da 2ª fase do Campeonato Cearense e com vaga assegurada na Copa do Brasil do próximo ano. O time também está inscrito na Série D do Campeonato Brasileiro - torneio suspenso pela CBF.
CONTRA-PROPOSTA

A decisão do Guarany de Sobral de demitir todos os atletas foi uma surpresa para as lideranças do elenco. No dia em que foram comunicados, via WhatsApp e e-mail, os jogadores também haviam recebido uma planilha de treinos do preparador físico.

O Diário do Nordeste apurou que o clube apresentava os vencimentos em dia e nunca havia atrasado nenhum pagamento. Após a medida de ruptura contratual, os atletas apresentaram duas propostas para a manutenção do emprego com redução salarial, ambas negadas.
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O grupo aguarda uma resposta até sexta-feira (24) e está disposto a dialogar para reverter a situação. No contato com a reportagem, os jogadores reforçaram a ausência de resposta por parte da diretoria e do Dr. Oscar Spindola, responsável pelo patrocínio Master do clube.

BLOG SINHÁ SABOIA/ FONTE: DN

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