O jornalista sobralense Wellington Macedo de Souza, 47 anos, é um dos suspeitos de ter participado de uma tentativa de explosão de uma bomba perto do aeroporto da Capital Federal.
A acusação contra o jornalista Wellington Macedo é de ter participado, na condição de motorista, na tentativa de explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília na véspera do Natal. Através das câmeras de segurança de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada, é possível ver o momento em que o carro que pertence ao jornalista se aproxima lentamente do veículo, para que o cúmplice Alan Diego dos Santos Rodrigues coloque a bomba.
De acordo com a investigação, Alan recebeu a bomba de George no QG do Exército e, então, teve a ajuda de Wellington, que dirigiu até o local do atentado. Foi o monitoramento da tornozeleira eletrônica dele que permitiu à polícia refazer os passos dos dois naquela noite.
Wellington teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, sob a acusação de incentivar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021, quando o profissional fazia uma cobertura jornalística dos acontecimentos. Desde então, cumpria prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica.
O jornalista tem diversos processos por matérias feitas com denúncias contra o sistema educacional da cidade de Sobral, tido como um exemplo, onde ele traz inúmeros depoimentos de estudantes e testemunhas de uma suposta manipulação dos resultados das provas de aferição de qualidade de ensino.
De acordo com o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo de Castro Cardoso, Wellington teve participação direta nos ataques contra o prédio da Polícia Federal em Brasília. Na oportunidade, alguns manifestantes radicais tentaram invadir o prédio da PF e incendiaram carros e ônibus.
“Nós conseguimos comprovar que no dia 12 de dezembro o cearense e o outro praticaram também atos de depredação. A prisão dos dois também foi decretada. Eles têm dois mandados de prisão em aberto em cada um deles”.
“Ficou comprovado que ele participou disso. Ter colocado a bomba perto do caminhão”, explicou Leonardo de Castro Cardoso.
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