segunda-feira, 11 de setembro de 2017

'AS PESSOAS ESTÃO SELVAGENS', RELATA GRÁVIDA CEARENSE EM MENSAGEM À FAMÍLIA APÓS PASSAGEM DE FURACÃO

Zana, grávida de oito meses, o marido e a filha, de quatro anos, ainda estão em Tortola, uma localidade no Caribe, aguardando resgate.


A cearense Zana Guterres, o marido Niels e filha, Maya, nas Ilhas Virgens Britânicas, onde moram (Foto: Arquivo Pessoal)


“Estamos sobrevivendo com água e comida. Tem nove pessoas na minha casa - quatro crianças. Um caos. Estamos tentando sair de barco. O que restou em pé foi saqueado. As pessoas estão selvagens”, conta Zana. Ela, o marido, o holandês Niels Herbold e a filha Maya, de 4 anos, moram na parte alta da ilha.

Segundo a cearense, "a prisão da ilha sucumbiu e todos os presos estão soltos. Estamos bem, mas com a incerteza do que vai acontecer daqui pra frente. Estou com uma malinha pronta e o resto está ficando para trás”, relata. Conforme Zana, o aeroporto segue fechado sob controle militar britânico, para manter a ordem.

De acordo com ela, o furacão chegou às 12h na ilha e até as 6h da manhã seguinte, ainda era sentido. “Chegou com tudo, passou uma hora martelando, depois, quando ficamos dentro do olho do furacão, teve uma hora de intervalo, deu uma calmaria… olhamos a rua e já estava tudo abaixo. Árvores, postes, carros. Depois, às 14h, começou de novo. Ele continuou com a mesma força até as 22h, meia-noite deu uma diminuída pouca. Quando acordei às 6h ainda tava rolando”, diz Zana, que trabalhava como contadora no Caribe.

Resgate

A família da cearense reside em Fortaleza, e pede ajuda para resgatar Zana, o marido e a filha. A situação é ainda mais preocupante pelo estado avançado da gravidez da cearense. A irmã dela, Sylvia Guterres, informou ao G1 que já fez contato com o consulado do Brasil em Barbados, também na região do Caribe, que está operando junto às autoridades das Ilhas Virgens.

Zana, Niels e Maya mudaram-se para as Ilhas Virgens Britânicas em 2014, quando ele, que também trabalha como contador, conseguiu um emprego no local. "Eles têm uma qualidade de vida muito boa por lá. Até já passaram por alguns outros fenômenos naturais, mas nada com uma intensidade tão destruidora, porque lá é tudo muito preparado", diz Sylvia. Depois do furacão, contudo, até a empresa onde Niels trabalha foi destruída.

Furacão Irma

O furacão causou 27 mortes nas ilhas caribenhas e três nos EUA. Na manhã deste domingo (10), o olho do Irma chegou a ilhas do Sul da Flórida, e vai atingir a costa sudoeste da Flórida nesta tarde, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Autoridades disseram que impacto na costa dos EUA será 'devastador'. Na Flórida, 1,43 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade ; 6,3 milhões saíram do estado. Acompanhe no G1.

BLOG SINHÁ SABOIA/ FONTE: G1 CEARÁ

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