A rivalidade e disputa pelo domínio da venda de drogas entre duas quadrilhas tem gerado mortes em sequência
Corpo sem cabeça foi deixado pelos assassinos numa lixeira, na Rua Estevão de Campos
A guerra entre duas facções criminosas pelo domínio na venda de drogas deixou mais dois mortos nas últimas 24 horas na Barra do Ceará, na zona Oeste de Fortaleza. Um dos mortos foi decapitado pelos assassinos e a cabeça somente foi encontrada cerca de 12 horas depois em meio ao lixo numa na esquina de duas avenidas.
Os atos de violência no bairro começaram ainda cedo da manhã da segunda-feira (9), quando moradores que passavam pela esquina da Rua Estevão de Campos e Avenida Senador Robert Kennedy se depararam com uma cena macabra. Um corpo humano sem a cabeça havia sido jogado a poucos metros da entrada da favela do Gueto.
A Polícia Militar isolou a área com viaturas do Ronda do Quarteirão e da 3ª Companhia do 5º BPM (Pirambu). Com a presença de equipes da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações foram iniciadas, mas o homem assassinado não foi identificado. O crime teria sido praticado por bandidos do Morro de São Tiago, localizado na comunidade das Goiabeiras, rivais dos traficantes do Gueto.
Bala
Cerca de quatro horas depois, veio a revanche. Bandidos que seriam do Gueto, invadiram as Goiabeiras e mataram um homem na Rua do Poente. A vítima, identificada apenas por Cleber, foi morta com, pelo menos, seis tiros no rosto, numa autêntica execução sumária, conforme definiu a Polícia.
Já por volta das 18 horas, a cabeça do homem assassinado no começo da manhã foi localizada pela Polícia dentro de uma caixa de isopor enrolada em um saco plástico. O achado ocorreu na calçada de um loja de artigos plásticos localizada na esquina das avenidas Presidente Castello Branco (Leste-Oeste) e Senador Robert Kennedy, a cerca de três quarteirões de onde havia sido encontrado pela manhã o corpo decapitado.
Os dois corpos foram encaminhados à sede da Pefoce e examinado pelos legistas da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel).
Por FERNANDO RIBEIRO
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