Um duplo homicídio ocorrido em Sobral que ficou conhecido nas paginas policiais como O CRIME DO MOTEL finalmente poderá chegar ao seu veredito. Esta marcado para quinta feira 23/06 o julgamento dos réus denunciados pela promotoria publica da comarca de Sobral por cometerem crimes qualificados. De acordo com a denuncia do ministério publico os acusados são, Francisco Ricardo Marques Ribeiro, O Ricardo, motorista, natural de Sobral, residente na Localidade de Mumbaba de Baixo Massapê, Francisco Michael de Vasconcelos , O Michael, residente na rua Frederico Gomes centro de Sobral, Jose Estevão Lira, Zé Facão, residia no Bairro Dom Jose, ( falecido) Maria do Socorro Cesário Araujo Gomes, Socorrinha, residente no Mumbaba de Baixo Massapê e Moises Jose Neto, O Velho da Bota, residente na rua Manoel Marinho 127 Junco Sobral. Segundo o que consta na Denuncia da promotoria os quatros acusados Ze Facão, O Velho da Bota, Ricardo e Michael ,foram inclusos nas sanções art. 121 paragrafo 2° , I, IV e V c/c art.69 e 288 do código penal brasileiro e art. 1° , I da lei 8.072/90 ( Crimes Hediondos) ja Maria do Socorro Cesário, a Socorrinha, foi incursa nas sanções do art.348 ( favorecimento pessoal) e art. 339 ( denunciação caluniosa) c/c o art.69 do codigo pelo brasileiro. Os crimes ocorreram no dia 12 de Setembro de 2005 por volta das 21h numa estrada carroçável nas proximidades do Paraíso Motel onde foram executados com tiros na cabeça as vitimas, Jose Arimateia Rodrigues da Silva e Francisco Campos da Silva, conhecido por Clesio, é importante ressaltar também que uma terceira pessoa também foi morta dos mesmos modus operandi das primeiras vitimas e praticamente no mesmo local trata se do auxiliar de enfermagem Gerardo Costa Filho, que tinha atendido a vitima Clesio no hospital Santa Casa e este ainda agonizando teria falado quem tinha praticado os crimes, o Gerardo Filho teria comentado algo a respeito dos envolvidos e também foi encontrado morto com tiro na cabeça, e consta na denuncia, que a família de Gerardo Filho, acredita que a morte do mesmo foi queima de arquivo a mando de Moisés Jose Neto.
EXECUÇÃO
Consta no informativo policial que empresta sustentação a presente denuncia do MP que MARIA DO SOCORRO CESARIO ARAUJO GOMES, encontrava se juntamente com as vitimas no momento do duplo homicídio, tendo inclusive presenciado toda cena delituosa. Com efeito , por volta das 20h , A acusada Socorrinha, como é conhecida acompanhada da vitima Clesio, que era seu namorado , tomou o táxis da vitima Jose Arimateia e rumaram os três em direção ao Paraíso Motel, ocorre, contudo , que uma intrigada trama envolvendo todos os outros acusados já se formara , sob o comando do acusado Moisés Jose Neto, que mantivera um relacionamento amoroso com Socorrinha, e contava com os outros três denunciados para vigiar os passos do casal de namorados, ressalta se que o acusado Ricardo é vizinho de Socorrinha, moram no Mumbaba de Baixo Massapê e o acusado Ze Facão (falecido) era vizinho de Clesio, namorado de Socorrinha. O relacionamento de Moises e Socorrinha se rompera quando este descobriu que sua amante o traia com a vitima Clesio, motivo por ciumes , Moisés passou então a arquitetar uma vingança e contactou o acusado Michael para servir como elo de ligação entre os dois outros denunciados Ricardo e Ze Facão, que vigiariam o casal, favorecidos pela proximidades que tinham dos dois.
Importante esclarecer que os três acusados cooptados por Moisés Jose Neto são inseparáveis e estão constantemente juntos praticando diversos crimes diz a denuncia. Sua ficha criminal revela que cada cometimento de crimes envolvendo algum deles, são flagrados todos juntos, tratando de uma verdadeira "Irmandade do Crime" que o codigo penal brasileiro define. Horas antes da perpetração do crime, os quatro homens combinaram data e detalhes da morte de Clesio, Assim naquela fatídica noite de 12 de Setembro de 2005 Ze Facao e Michael começaram a seguir a vitima em uma moto. Testemunhas relatam que Clesio estava sendo seguido no dia de sua morte. Assim, seguindo o táxis que conduzia o casal ao motel, e ao se aproximarem do seu destino, Ze Facao entrou em contato com Moisés para informa lo sobre a localização do casal e abordagem, Ze Facão rendeu o motorista do táxis , vitima Jose Arimateia, enquanto Michael fazia a cobertura com a motocicleta na traseira do carro, usando luz alta, os ocupantes do veiculo não reagiram com medo da cobertura dada por Michael, em seguida Zé Facão manda que o motorista do táxis entre numa estrada carroçável, próximo ao Açude Cachoeira , sempre seguido pela motocicleta conduzida por Michael.Em determinada altura da estrada, os acusados Moisés e Ricardo ja estao a espera do casal para consumar o intento de eliminar Francisco Campos. O CLESIO.
TIROS NA CABEÇA.
O taxista Arimateia e Clesio, sao retirados do carro , um segurando a mão do outro , de forma invertida, saindo as duas vitimas pela porta do lado do passageiro , sendo lhes impossível esboçar qualquer reação. Ressalta se que essa tática é usada por policiais na condução de presos, na ausência de algemas. As duas vitimas sempre de mãos dadas , são levadas para tras do carro e obrigadas a deitar se de bruços no chão, Socorrinha permaneceu no interior do carro no banco traseiro , ouvindo o sim do carro . Em seguida pediu para sair para urinar, recebendo autorização para faze lo . Depois entrou novamente no táxis e ouviu dois disparos de arma de fogo , em momento algum tentou ela fugir dali. As vitimas foram executadas sem esboçar qualquer reação. Tal comportamento, segundo os peritos que se fizeram acompanhar do ministério publico na reconstituição dos assassinatos. De acordo com a denuncia da promotoria, o executor o mais experiente , que disparou certeiramente contra o crânio das indefesas vitimas. Estas foram atingidas cada uma por um único tiro, certeiro, profissional . Clesio fora morto por ser alvo de ciumes de seu carrasco e o taxista Jose Arimateia, foi morto como queima de arquivo por ter presenciado toda a cena.
APOS OS CRIMES.
Apos a pratica do duplo homicídio , Moisés Jose, para demonstrar todo seu desprezo pela ex amante traidora, entregou Socorrinha a Michael, para que este a levasse para o motel, com o fito de que cada um deles preparasse seus respectivos álibis.
Importante esclarecer que a vitima Clesio nao morreu instantaneamente e chegou a ser levado para o hospital Santa Casa, tendo dado entrada no setor de neurologia onde morreria pouco tempo depois. Naquele setor trabalhava o atendente de enfermagem Gerardo Rodrigues Costa Filho, sugiram boatos na Cidade que diziam que o referido atendente teria ouvido de Clesio o nome de seu executor. Temendo que fosse descoberta a autoria dos primeiros homicídios, os denunciados passaram a planejar a eliminação do enfermeiro e com efeito dois meses depois do duplo homicídio exatamente no dia 20 de Novembro de 2005 por volta das 22h , o mencionado funcionário da Santa Casa foi sequestrado levado para o mesmo local dos primeiros crimes e foi executado da mesma maneira , na mesma posição e com arma do mesmo calibre, usando o mesmo MODUS OPERANDI, conforme concluiu a pericia técnica. A denuncia do MP revela que os quatros denunciados, com exceção de Socorrinha , participaram ativamente dos três homicídios, tendo a ideia inicial e todo o planejamento dos crimes partido do acusado Moises Jose Neto. O que agiu movido inicialmente pelos ciumes e depois para eliminar pessoas que pudessem reconhece lo como o executor. Os demais acusados conhecem Moisés e se referem a ele como "O HOMEM DA BOTA OU VELHO".
Socorrinha, por sua vez , auxiliou todos os autores dos crimes, e subtrair se a ação da autoridade publica , principalmente seu ex amante . Ofereceu uma versão inverossímil e contraditória segundo a qual teria sido vitima de um assalto, seguido de estupro, um bode espigatório ou laranja . Acusou um individuo conhecido por Paulo Ovao, de ser o autor do duplo homicídio, e no seu depoimento na policia disse que o acusado tinha uma tatuagem na bunda. Portanto depois de 11 anos os acusados do CRIME DO MOTEL SERÃO LEVADOS A JURI POPULAR.
É importante ressaltar que qualquer pessoa do povo pode assistir o júri
Editor policial
Olivando Alves.
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