O mesmo policial também é réu por outro caso, uma tentativa de homicídio em Jericoacoara
Legenda: O PM foi sentenciado após decisão do Tribunal do Júri, nessa terça-feira (11). Foto: Reprodução/SSPDS |
Um policial militar foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão pelo crime de homicídio. O soldado Manoeldo Pereira de Sousa é acusado de assassinar a tiros Lewson da Silva Dantas e ainda disparar contra outra pessoa, na saída de uma festa de pagode, em Fortaleza. A reportagem não localizou a defesa do militar.
Conforme denúncia do Ministério Público do Ceará (PMCE), os crimes foram cometidos "em razão da suspeita de que o grupo em que a vítima estava estaria olhando para o denunciado, sem que tenha sido feito qualquer sinal ameaçador, agressão ou que existisse prévio desentendimento".
Manoeldo foi sentenciado após decisão do Tribunal do Júri, nessa terça-feira (11). "Segundo a decisão, os jurados reconheceram que Manoeldo cometeu o assassinato e a tentativa de homicído, com as qualificadoras de motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas", disse o Tribunal de Justiça do Ceará.
Ao agente foi negado o direito de recorrer em liberdade, devido à gravidade dos fatos. O juiz Fábio Rodrigues Sousa, que presidiu a sessão, ponderou “o risco que correrá a ordem pública acaso o acusado seja devolvido à liberdade antes do trânsito em julgado quando não há mais possibilidade de recurso da presente decisão”.
DENÚNCIA
Sobre a morte de Lewson da Silva, o MPCE aponta que o fato se deu no dia 24 de agosto de 2020, por volta das 20h, no bairro Serviluz. A segunda vítima, que sobreviveu ao ataque, também foi atingida por disparos de arma de fogo.
A investigação revelou que Lewson estava na festa na companhia dos amigos e decidiu ir embora. Quando um amigo chegou para buscá-lo, testemunhas viram um homem apontando a pistola em direção às vítimas.
Instantes antes da execução, Manoeldo teria confrontado o grupo de amigos de Lewson perguntando "o que estavam olhando para ele". Um dos amigos do homem assassinado ainda teria dito: "não tô olhando pro senhor não, de boa" (sic). 10 minutos depois, o crime aconteceu.
BLOG SINHÁ SABOIA/ DN
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