sexta-feira, 7 de outubro de 2016

PRIMEIRA AUDIÊNCIA SOBRE CHACINA DA MESSEJANA OUVE SOBREVIVENTES


Segundo MP, sete ficaram feridos em tentativas de homicídio e torturas.
Ao todo, 44 policiais militares se tornaram réus no caso e estão presos.


As sete pessoas sobreviventes da chacina da Grande Messejana, em que 11 pessoas foram assassinadas, serão ouvidas na primeira audiência do processo, que ocorre nesta sexta-feira (7). Sete pessoas ficaram feridas - três em tentativas de homicídio e quatro em torturas - e devem participar da audiência, na 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.

No caso, 44 policiais militares se tornaram réus no caso e estão presos. Na audiência participam também promotores e advogados dos policiais.

O promotor Marcus Renan Palácio, titular da 1ª Promotoria do Júri de Fortaleza, esclareceu que os juízes ainda não avaliaram os pedidos de revogação de prisão e relaxamento de pena, mas informou que o Ministério Público recomendou que os juízes indefiram.

O advogado Leandro Vasques, que representa dois policiais militares, disse que seus clientes são os únicos que nao foram indiciados pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Por isso, pede que estes policiais sejam julgados em separado.
Já o advogado Valmir Medeiros opinou que denúncia do MP é "pouco clara" com relação às participações individuais dos policiais.
Audiência
A sessão foi agendada após o Colegiado de 1º Grau, instalado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), no âmbito da 1ª Vara do Júri, ter recebido a denúncia, oferecida pelo Ministério Público, e decretado a prisão preventiva dos envolvidos.

Maior chacina do Ceará
A chacina da Grande Messejana aconteceu na madrugada do dia 12 de novembro de 2015. De acordo com a polícia, 11 pessoas foram mortas a tiros e cinco ficaram feridas. Os homicídios foram registrados em um intervalo de aproximadamente quatro horas, em ruas dos bairros Curió, Alagadiço Novo e São Miguel, na Grande Messejana.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Sociail (SSPDS), das vítimas fatais, apenas dois respondiam por crimes de menor gravidade, um por acidente de trânsito e o outro por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Quatro pessoas entre os mortos são adolescentes com menos 18 anos; outros três têm entre 18 e 19 anos de idade. Uma outra pessoa assassinada tem 41 anos. Algumas das vítimas foram mortas no meio da rua e outras foram retiradas de dentro das casas e fuziladas.
G1 CEARÁ

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