sábado, 8 de outubro de 2016

JUSTIÇA OUVE CINCO SOBRE CHACINA DA MESSEJANA E MARCA NOVA AUDIÊNCIA

Próxima audiência foi agendada para o dia 4 de novembro.
Testemunhas ficaram feridas em tentativas de homicídio e torturas.


Oitivas ocorrem no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza Fórum Clóvis Beviláqua (Foto: Divulgação/TJ Ceará)
Cinco pessoas sobreviventes da chacina da Grande Messejana, em que 11 pessoas foram assassinadas, foram ouvidas na primeira audiência do processo, nesta sexta-feira (7). O próximo encontro foi agendado para o dia 4 de novembro, às 9 horas, quando serão ouvidos dois sobreviventes que não compareceram nesta sexta.

As sete testemunhas ficaram feridas - três em tentativas de homicídio e quatro em torturas. Na audiência participaram também promotores e advogados dos policiais.
Conforme o promotor Marcus Renan Palácio, titular da 1ª Promotoria do Júri de Fortaleza, os juízes ainda não avaliaram os pedidos de revogação de prisão e relaxamento de pena, mas informou que o Ministério Público recomendou que os juízes indefiram.

Até o momento, 44 policiais militares se tornaram réus no caso e estão presos.
O advogado Leandro Vasques, que representa dois policiais militares, disse que seus clientes são os únicos que nao foram indiciados pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Por isso, pede que estes policiais sejam julgados em separado.
Já o advogado Valmir Medeiros opinou que denúncia do MP é "pouco clara" com relação às participações individuais dos policiais.
Maior chacina do Ceará
A chacina da Grande Messejana aconteceu na madrugada do dia 12 de novembro de 2015. De acordo com a polícia, 11 pessoas foram mortas a tiros e cinco ficaram feridas. Os homicídios foram registrados em um intervalo de aproximadamente quatro horas, em ruas dos bairros Curió, Alagadiço Novo e São Miguel, na Grande Messejana.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Sociail (SSPDS), das vítimas fatais, apenas dois respondiam por crimes de menor gravidade, um por acidente de trânsito e o outro por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Quatro pessoas entre os mortos são adolescentes com menos 18 anos; outros três têm entre 18 e 19 anos de idade. Uma outra pessoa assassinada tem 41 anos. Algumas das vítimas foram mortas no meio da rua e outras foram retiradas de dentros das casas e fuziladas.
G1 CEARÁ



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